Debêntures: Uma das mais rentáveis da renda fixa e como investir?

Danilo Almeida

Bacharel em Administração

Imagem: Pixabay

As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas que buscam financiamento para diversas atividades, como expansão de negócios, investimentos em infraestrutura ou capital de giro. Ao adquirir uma debênture, o investidor se torna um credor da empresa, que, em contrapartida, se compromete a pagar juros ao longo de um prazo determinado. Essas taxas de juros podem ser pré-fixados, quando conhecidas no momento da compra; pós-fixadas, atreladas a um índice de referência, como a CDI ou IPCA e híbrida, uma mistura da pré com a pós-fixada.

Elas são atrativas para investidores que buscam diversificação em sua carteira, pois, embora não sejam cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), oferecem perspectivas de rentabilidade superior à renda fixa tradicional, como os CDBs. Além disso, as debêntures de empresas bem avaliadas podem proporcionar um rendimento consistente e uma exposição interessante a diferentes setores da economia. Portanto, ao considerar o investimento em debêntures, é fundamental analisar a saúde financeira da empresa emissora olhando as notas que as empresas de Rating dão e para compreender melhor os riscos envolvidos.

Nesse investimento, é importante distinguir entre os tipos disponíveis no mercado. Temos as debêntures simples, que não possuem garantias adicionais além da capacidade de pagamento da empresa, e as debêntures com garantias reais, que oferecem segurança ao investidor na forma de ativos específicos, como imóveis ou equipamentos. Por exemplo, uma empresa pode emitir debêntures lastreadas em um ativo próprio, o que proporciona ao investidor uma maior proteção no caso de inadimplência, pois o ativo pode ser liquidado para recuperar parte do investimento.

Na garantia real, que é a maior de todas, a empresa não pode emitir os títulos com valor maior que 80% do ativo e o mesmo não pode ser negociado. Na flutuante que também é assegurado a algum ativo e esse valor não pode ultrapassar 70% do valor do ativo, mas pode ser substituído por outros ativos. Garantia quirografária o debenturista com corre em igualdade de condições com outros credores não preferenciais da empresa caso ela quebre. E por último a garantia subordinada, que em caso de liquidação da instituição, a preferência é dos acionistas que emprestou dinheiro para ela e você debenturista fica entre os últimos da fila.

Vantagens e Desvantagens

Uma das principais vantagens é a rentabilidade, que geralmente supera a oferecida por produtos tradicionais, como a caderneta de poupança ou títulos do Tesouro Direto. Esse diferencial ocorre, em parte, porque as debêntures são emitidas por empresas, oferecendo, por isso, taxas de juros mais atrativas. Com isso, o investidor pode encontrar uma alternativa interessante para compor sua carteira e aumentar a diversificação de seus investimentos.

A diversificação é crucial para gestão de risco, e as debêntures possibilitam ao investidor acessar diferentes setores da economia, permitindo que eles escolham empresas de variados segmentos. Assim, é possível mitigar a exposição a riscos associados a um único ativo. Além disso, ao investir em debêntures, o investidor pode optar por diferentes prazos e tipos de remuneração, como prefixados, pós-fixados ou híbridos, ampliando as opções para alinhar ao seu planejamento financeiro.

Outra vantagem são os títulos que não tem imposto de renda e são conhecidas como debêntures incentivadas, que são aquelas que investe nas infraestruturas do país, trazendo melhorias para a população, por isso o governo da o incentivo.

Nas desvantagens, uma das limitações mais relevantes é a falta de liquidez, uma vez que esses ativos podem não ser facilmente negociados no mercado secundário, isso implica que, ao adquirir uma debênture, o investidor deve ter a disposição de manter o investimento até a data de vencimento, o que pode não ser ideal para aqueles que buscam flexibilidade ou acesso rápido ao capital. Outro aspecto a ser ponderado é o risco de crédito, já que existe a possibilidade de a empresa emissora não honrar seus compromissos financeiros. Isso pode ocorrer em situações de instabilidade econômica ou má gestão, colocando em risco o capital investido.

Como Investir

O primeiro passo para iniciar esse processo é a escolha de uma corretora de valores que ofereça acesso a esses papéis. É fundamental optar por uma corretora de reputação sólida e que tenha uma plataforma intuitiva, assegurando assim uma experiência de investimento tranquila e eficiente.

Após a escolha da corretora, o investidor deve se familiarizar com as ofertas de debêntures disponíveis no mercado. É aconselhável analisar as características de cada título, como a taxa de juros, o prazo de vencimento e o setor em que a empresa emissora atua. Esses fatores influenciam diretamente a rentabilidade e o risco associado ao investimento. Além disso, o investidor deve considerar a situação financeira da empresa emissora, avaliando o rating de crédito e os resultados financeiros recentes, o que pode oferecer uma ideia clara sobre a viabilidade do investimento.

A leitura do prospecto das debêntures é um passo crucial para compreender detalhes relevantes, como cláusulas de resgate antecipado e riscos potenciais. O prospecto contém informações sobre a remuneração, as garantias por trás da emissão e o cenário financeiro da empresa. Para investidores iniciantes, é prudente fazer uso de simuladores de rendimento e buscar orientações de especialistas, se necessário, para garantir que o investimento em debêntures esteja alinhado ao seu perfil de risco e objetivos financeiros.

Em suma, entender o investimento em debêntures implica em um exame cuidadoso das opções disponíveis, atenção aos detalhes do prospecto e uma escolha adequada da corretora, o que proporcionará uma fundamentação sólida para uma boa decisão de investimento.

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