Saiba diferenciar os títulos Pós-Fixados, Prefixados e Híbridos

Danilo Almeida

Administração e Analista CNPI-T


Imagem: Pixabay

Os títulos de renda fixa representam uma importante categoria de ativos financeiros que garantem pagamentos ao longo do tempo. Esses instrumentos são essencialmente contratos de dívida, onde os investidores emprestam seu capital a governos, bancos ou empresas em troca de juros periódicos e do reembolso do valor investido ao final do prazo de vencimento. A popularidade dos títulos de renda fixa no mercado financeiro reside em suas características únicas, que proporcionam um anseio por segurança financeira e previsibilidade de rendimentos.

A principal característica dos títulos de renda fixa é a sua previsibilidade. Ao contrário de investimentos de renda variável, como ações, onde os rendimentos podem ser incertos e voláteis, os títulos de renda fixa estabelecem antecipadamente tanto o montante a ser pago quanto a frequência desses pagamentos. Essa estrutura proporciona aos investidores uma maior capacidade de planejar e gerenciar suas finanças, sabendo quanto de retorno irão receber e em quais datas. Além disso, essa previsibilidade se estende à segurança, pois, em geral, os títulos emitidos por governos são considerados de baixo risco em comparação com outros tipos de investimentos.

Prefixados: Definição

Os títulos prefixados também conhecidos como LTN são uma importante classe de investimentos que oferecem aos investidores um rendimento previamente definido no momento da compra. Essa característica é um dos principais atrativos desses títulos, já que proporciona previsibilidade em relação aos ganhos futuros. Ao contrário dos títulos pós-fixados, cujo rendimento é atrelado a índices econômicos como a taxa Selic e CDI, os prefixados permitem que o investidor saiba exatamente quanto receberá ao final do período de maturação, o que facilita o planejamento financeiro.

Os títulos prefixados podem ser particularmente vantajosos em contextos de taxa de juros em alta, pois permitem que os investidores comprem com uma taxa de retorno que pode ser superior à taxa média de mercado no futuro. Além disso, eles podem ser uma escolha interessante para objetivos de longo prazo, onde a certeza dos rendimentos se alinha com a necessidade de segurança financeira. Entretanto, é importante ressaltar que esses títulos também têm suas desvantagens, como a possibilidade de o investidor ficar preso a uma taxa de rendimento inferior no caso de uma subida nas taxas de juros, ou seja, o título que você tem, está abaixo da praticada no mercado e isso deixa ele desvalorizado, além de não oferecerem proteção contra a inflação. Portanto, uma análise cuidadosa deve ser feita antes da escolha, considere o seu perfil de risco e objetivos financeiros.

Importante: Se você deixa o seu título até o vencimento, o valor combinado vai cair na sua conta e isso é o mais recomendado, o que foi citado antes é só se você vender o ativo para outro investidor a mercado.

Os títulos prefixados têm só uma taxa, isso vale para qualquer título de renda fixa.

 

Imagem: Tesouro Direto

Títulos Pós-fixados

Os títulos pós-fixados são uma categoria de investimentos que apresentam sua rentabilidade vinculada a indicadores econômicos, com destaque para a taxa Selic e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A principal característica destes títulos é que o retorno só é conhecido no momento do vencimento ou no resgate, uma vez que ele varia conforme as oscilações desses índices. A taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, exerce uma influência direta sobre diversos tipos de investimentos. Por outro lado, o CDI, frequentemente utilizado como benchmark para o mercado financeiro, serve como referência para a rentabilidade de muitos produtos financeiros, como o CDB, por exemplo.

Investidores que optam por títulos pós-fixados devem estar atentos às alterações na taxa Selic, pois a movimentação desse índice impacta os rendimentos esperados, o CDI segue a Selic, então não se preocupe em monitorá-lo também. Para acompanhar essa mudança, é essencial acompanhar as notícias econômicas e as previsões do Banco Central. Sites especializados em economia e finanças frequentemente publicam análises detalhadas sobre as expectativas para esses indicadores, proporcionando informações valiosas para a tomada de decisão.

Os riscos associados residem na possibilidade de os juros caírem drasticamente, o que pode resultar em rendimentos baixos. Para escolher adequadamente esses investimentos, o investidor deve avaliar seu perfil de risco e horizonte de investimento, levando em consideração os objetivos financeiros e a situação econômica atual. A Dica é: Comprar esses títulos quando a taxa começar a subir, isso fará o investir surfar a onda da alta de juros.

No pós-fixado também chamados de LFT, os títulos normalmente vêm escrito tesouro Selic ou rende 90, 100%, 200% do CDI.

Imagem: Tesouro Direto

Títulos Híbridos: A combinação do melhor dos dois mundos

Os títulos híbridos representam uma combinação inovadora das características dos títulos prefixados e pós-fixados, o que os torna uma opção interessante para investidores que desejam diversificar suas carteiras. Ao combinar a previsibilidade dos rendimentos fixos com a possibilidade de acompanhar a inflação ou taxas de juros, esses títulos proporcionam um equilíbrio eficaz entre segurança e rentabilidade.

Essencialmente, um título híbrido, como o Tesouro Direto IPCA+, oferece um rendimento atrelado a um índice de preços, como o IPCA, acrescido de uma taxa de juros fixa. Essa estrutura vem em auxílio aos investidores, pois garante um retorno que supera a inflação, outros permitem aproveitar a alta nas taxas de mercado, que pode amenizar os efeitos das oscilações econômicas. Portanto, esses produtos são particularmente atraentes em contextos de instabilidade econômica e volatilidade no mercado.

A principal vantagem dos títulos híbridos é a diversificação de riscos. Ao contratar um produto que combina duas taxas, o investidor é capaz de mitigar a exposição a variações repentinas nas taxas de juros. Essa mitigação se torna essencial em um cenário econômico em constante mudança, onde a previsibilidade dos rendimentos é crucial para a formação de estratégias bem-sucedidas.

Entre os exemplos práticos, podemos citar o Tesouro IPCA+, mencionado anteriormente, e alguns CDBs e debêntures que seguem o mesmo princípio. Esses títulos oferecem um ambiente dinâmico para aqueles que buscam maximizar seus retornos enquanto mantêm um perfil de risco controlado. Além disso, os títulos híbridos podem ser especialmente vantajosos para investidores com horizonte de longo prazo, que se beneficiam da correção da inflação ao longo do tempo.

Portanto, os títulos híbridos se destacam como uma alternativa viável e atrativa, combinando o melhor dos mundos, adaptando-se assim às necessidades variadas do investidor moderno.

No Híbrido também é simples, ele sempre vem acompanhado de duas taxas uma prefixada e outra pós-fixada que pode ser IPCA (inflação), Selic ou CDI.

Imagem: Tesouro Direto

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