O que são derivativos da Bolsa de valores

Danilo Almeida

Administração e Analista CNPI-T


Introdução 

O mercado de derivativos é o mais difícil, complexo e arriscado da bolsa. Ele é uma parte essencial do sistema financeiro, fornecendo uma estrutura que permite a negociação de contratos cujo valor é derivado de ativos subjacentes. Esses ativos podem incluir ações, títulos, índices de mercado, commodities, entre outros. Os derivativos são utilizados tanto na gestão de risco quanto na especulação, oferecendo aos investidores formas de proteger suas posições ou ganhar na variação dos movimentos de preços.

Sua principal função é a mitigação de riscos. Por meio de contratos futuros, opções e swaps, os participantes podem fixar preços ou garantir condições específicas que protegem seus investimentos de oscilações inesperadas no mercado. Um agricultor, por exemplo, pode vender contratos futuros para garantir o preço de sua colheita, minimizando o risco de flutuações nos preços das commodities. Além disso, empresas que dependem de insumos podem usa-los para assegurar preços favoráveis e controlar suas despesas.

Por outro lado, a especulação é uma característica que não pode ficar de fora desse mercado, isso garante mais liquidez. Investidores e traders os utilizam para tirar proveito de variações de preço, aproveitando as alavancagens que esses instrumentos oferecem. Essa alavancagem permite que um participante obtenha um retorno maior do que seria possível adquirindo diretamente o ativo subjacente. No entanto, a especulação também envolve riscos significativos, o stop é fundamental na operação.

Opções

As opções concedem ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo subjacente a um preço predeterminado, conhecido como preço de exercício, até uma data específica. Existem dois tipos principais de opções: as opções de compra (call options), que oferecem ao detentor o direito de adquirir o ativo, e as opções de venda (put options), que possibilitam a venda do ativo.

Esse mercado é um ambiente dinâmico e oferece diversas estratégias. Entre as mais comuns estão as opções de compra e venda cobertas e as operações a seco, essa última envolve a compra e venda das opções sem a posse do ativo. Outra estratégia popular — e considerada a mais prudente — é o uso de opções para proteção de investimentos, conhecido como hedge. Este método é ideal para investidores que desejam mitigar perdas potenciais em seus ativos, utilizando opções de venda para garantir um preço mínimo de venda em caso de quedas nos preços do ativo vinculado.

Além disso, as opções são negociadas em bolsas de valores de forma semelhante a outras classes de ativos, com um preço de mercado que varia de acordo com fatores como a volatilidade e o tempo até o vencimento. Os investidores devem estar bem-informados sobre a mecânica dessas negociações, pois isso pode impactar significativamente suas decisões e estratégias de investimento.

Mercado Futuro

O mercado futuro é um segmento que permite a negociação de contratos que estabelecem a compra ou venda de um ativo a um preço predefinido em uma data futura. Uma das principais características desse mercado é a padronização dos contratos, o que significa que eles têm especificações definidas em termos de tamanho, data de vencimento e preços. Essa padronização facilita a liquidez e a transparência nas transações, uma vez que os participantes sabem exatamente o que estão comprando ou vendendo.

Esses contratos são negociados em bolsas de valores e são utilizados para diversos tipos de ativos, incluindo commodities, moedas, índices de ações, entre outros. Entre os exemplos mais comuns destacam-se o Índice Bovespa, boi gordo e o dólar.

Uma aplicação prática é a proteção contra a volatilidade de preços, também conhecida como hedge. Por exemplo, um agricultor pode vender contratos futuros de sua colheita antes da colheita efetiva, garantindo assim um preço que cubra seus custos de produção, independentemente das flutuações de mercado. Por outro lado, investidores e traders também utilizam esse mercado para especular, buscando obter lucro com as variações de preços, sem necessariamente ter interesse no ativo físico.

Mercado a Termo e Swaps

O mercado a termo é como se fosse uma compra no cartão de crédito: compra-se agora e paga-se depois. Esse mercado é amplamente utilizado por investidores, agricultores e empresas que buscam se proteger contra flutuações indesejadas nos preços dos ativos, como commodities, ações ou moedas. Por meio dessa operação, as instituições podem assegurar uma taxa específica, mitigando riscos de valorização ou desvalorização acentuadas que possam afetar os custos de operação e a lucratividade.

Por outro lado, os contratos de swap são acordos em que duas partes trocam fluxos de caixa futuros com base em diferentes taxas de juros ou moedas. Essa forma de derivativo permite que as empresas ajustem suas posições de risco em relação a taxas de juros variáveis e fixas, adequando-se melhor às suas necessidades financeiras. Um exemplo: certa empresa que tem dívida em dólar pode desejar trocar essa volatilidade por uma taxa prefixada. Isso assegura maior previsibilidade nas negociações das dívidas futuras.

Finalizando

Dentre todos os contratos, os menos comuns nas operações de uma pessoa física são os swaps, pois envolvem uma troca significativa de fluxos financeiros — algo típico de empresas de grande porte, muitas vezes multinacionais.

Mas isso não desanima o especulador. O mercado é muito amplo e, nos outros contratos, é possível operar sem grandes dores de cabeça, especialmente nos futuros e nas opções, nessa última não se esqueça de pesquisar a sua liquidez.

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