O endividamento é um dos maiores desafios financeiros do brasileiro. De acordo com levantamento da Serasa Experian, cerca de 70,5% da renda mensal está comprometida com dívidas e contas fixas. Depois de quitar empréstimos, cartões de crédito, energia e internet, sobra em média R$ 968 por mês para alimentação, transporte, saúde e lazer.
Esse cenário cria um ciclo perigoso: as famílias reduzem o consumo, cortam gastos básicos e, muitas vezes, recorrem a novos empréstimos para equilibrar as contas. Assim nasce a chamada “bola de neve” do superendividamento, que impacta não só o bolso, mas também a saúde emocional.
O impacto psicológico das dívidas
Estar endividado não significa apenas dificuldades financeiras. Pesquisas mostram que a pressão das contas em atraso causa ansiedade, estresse, perda de sono e queda na produtividade no trabalho.
Histórias como a de Eduardo (nome fictício), que acumulou R$ 90 mil em dívidas e ainda paga cerca de R$ 20 mil, são comuns no Brasil. Segundo ele, a mudança de hábitos foi essencial: cortar gastos supérfluos, renegociar débitos e criar um novo planejamento financeiro.
O psicólogo Edilson Oliveira explica que o consumo emocional também alimenta o problema: muitas pessoas compram não por necessidade, mas para aliviar frustrações momentâneas. Isso gera um ciclo vicioso difícil de quebrar.
O cenário da inadimplência no Brasil
Segundo dados da Serasa, somente no Distrito Federal mais de 1,4 milhão de pessoas estavam com dívidas registradas em 2025, somando R$ 12,1 bilhões — um aumento de quase 20% em relação ao ano anterior.
Entre os principais tipos de dívida estão:
- Cartão de crédito (28,42%)
- Contas básicas como energia e água (18,86%)
- Financeiras e empréstimos (20,98%)
- Serviços e compras diversas (15,21%)
O cartão de crédito, que muitas vezes começa como um aliado para organizar o orçamento, pode rapidamente se transformar em uma armadilha financeira.
Como sair do vermelho: 3 passos essenciais
- Organize todas as dívidas
Faça uma lista com valores, juros e prazos de vencimento. Isso ajuda a entender o tamanho do problema. - Negocie com os credores
Bancos e financeiras costumam oferecer descontos ou condições melhores para pagamento à vista ou parcelado. - Reduza gastos e crie um plano financeiro
Corte despesas supérfluas, evite compras por impulso e priorize o pagamento das dívidas de juros mais altos.
Negociação de dívidas com a Serasa
Uma das formas mais práticas de renegociar é usando o Serasa Limpa Nome, disponível no site e aplicativo da empresa.
- 1º passo: baixe o app e faça login com o seu CPF.
- 2º passo: consulte as ofertas disponíveis com descontos de até 90%.
- 3º passo: escolha a melhor condição, selecione a forma de pagamento (boleto ou Pix) e finalize o acordo.
Além disso, a Serasa realiza, duas vezes ao ano, o Feirão Limpa Nome, com condições especiais para negociação de dívidas em todo o país.
Conclusão: educação financeira é a chave
O endividamento não precisa ser um destino. Com organização, renegociação e mudanças de hábitos, é possível retomar o controle da vida financeira. Mais do que aumentar a renda, é fundamental mudar a forma como o dinheiro é gasto.
Fonte: Correio Braziliense