Entenda as 3 fases da tendência de alta segundo a teoria de Dow

Danilo Almeida

Administração e Analista CNPI-T


Imagem: Pixabay

A Teoria de Dow é um dos pilares da análise técnica e ajuda investidores a entenderem o comportamento dos preços no mercado financeiro. Entre suas premissas, uma das mais conhecidas é a terceira teoria, que descreve as três fases da tendência primária de alta.
Essas fases representam o ciclo de valorização de um ativo — desde o momento em que poucos acreditam nele até o auge da euforia do mercado.

1. Fase de acumulação

A fase de acumulação é o ponto de partida da tendência de alta.
Nesse momento, o mercado ainda está pessimista após uma queda prolongada, e a maioria dos investidores continua receosa.
No entanto, um grupo seleto de participantes — os chamados insiders ou investidores institucionais — começa a comprar ativos a preços baixos.

Esses investidores, geralmente mais bem informados, percebem que o cenário econômico ou os fundamentos da empresa começam a melhorar.
Os volumes de negociação ainda são baixos, e o preço se movimenta de forma discreta, muitas vezes lateralizando no gráfico.
Essa é a fase ideal para montar posição com risco controlado, embora poucos tenham coragem de fazê-lo por medo de mais queda.

2. Subida sensível

Com o passar do tempo, os sinais de melhora se tornam visíveis.
Relatórios positivos, crescimento econômico e resultados empresariais melhores começam a chamar atenção do público.
Nessa etapa, o investidores mais sensíveis já reconhece a tendência de alta, e o volume aumenta de forma consistente.

É a fase mais saudável da tendência, onde o preço sobe de maneira sustentada, com correções técnicas moderadas (pullbacks) e forte participação de investidores institucionais e de varejo.
A confiança cresce, e a maioria dos analistas começa a recomendar compra.
Para traders e investidores de médio prazo, essa costuma ser a melhor fase para participar do movimento.

3. Estouro ou euforia

Na última etapa da tendência, o otimismo toma conta do mercado.
O noticiário é positivo, os preços sobem rapidamente e novos investidores entram acreditando que “dessa vez é diferente”.
Essa é a fase de euforia, onde o preço pode se descolar dos fundamentos, impulsionado pela ganância e pelo medo de ficar de fora.

Os insiders e grandes investidores, que compraram na fase de acumulação, começam a realizar lucros.
Embora o preço ainda possa subir por um tempo, o risco aumenta significativamente.
Quando a confiança atinge o pico, a tendência começa a se enfraquecer, dando início a um novo ciclo de correção ou até a uma tendência de baixa.

Imagem: Próprio autor.

Finalizando

A terceira teoria de Dow mostra que as tendências não nascem do acaso, mas seguem um ciclo emocional e comportamental do mercado.
Identificar em qual das três fases: acumulação, subida sensível ou euforia — o ativo se encontra é uma das habilidades mais valiosas para o investidor técnico.
Com esse conhecimento, é possível tomar decisões mais racionais, evitando comprar no topo e aproveitando melhor os momentos de oportunidade.

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