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A OPA – Oferta Pública de Aquisição é uma operação importante no mercado de capitais e pode impactar diretamente o preço das ações de uma empresa listada na B3. Trata-se de uma proposta formal feita por um investidor, grupo de acionistas ou empresa interessada em adquirir parte ou a totalidade das ações de uma companhia aberta.
Esse tipo de operação precisa seguir regras definidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e geralmente é um sinal de movimentação estratégica — seja para aumentar o controle acionário, mudar a estrutura societária ou até retirar a empresa da bolsa.
A seguir, entenda os três tipos principais de OPA e como cada um afeta os investidores.
1 – OPA por aumento de participação
A OPA por aumento de participação ocorre quando o acionista controlador decide ampliar sua fatia na empresa.
Essa modalidade costuma ser feita de forma voluntária e tem como objetivo reforçar o poder de decisão do controlador ou aproveitar um momento de desvalorização das ações para comprar a preços mais atrativos.
Para os investidores minoritários, esse tipo de OPA pode representar oportunidades de venda com prêmio sobre o preço de mercado, já que o ofertante precisa tornar a proposta atraente o suficiente para que os acionistas aceitem vender suas ações.
2 – OPA por alienação de controle
A OPA por alienação de controle ocorre quando há mudança no controle da companhia.
Nesse caso, o novo controlador é obrigado pela CVM a realizar uma oferta pública de aquisição das ações dos acionistas minoritários, garantindo tratamento igualitário entre todos os investidores.
Essa regra está prevista na Lei das S.A. e busca proteger o investidor minoritário, assegurando que ele receba as mesmas condições financeiras oferecidas ao controlador que vendeu sua participação.
Essa OPA normalmente acontece em operações de fusão e aquisição, onde um novo grupo assume o comando da empresa e precisa realizar a oferta como parte do processo de transição.
3 – OPA por cancelamento de registro de companhia aberta
A OPA por cancelamento de registro de companhia aberta (a mais comum) é realizada quando a empresa decide deixar de ser listada na bolsa, encerrando o seu registro de companhia aberta junto à CVM.
Nesse cenário, o controlador precisa oferecer aos acionistas minoritários um preço justo pelas ações, geralmente determinado com base em laudo de avaliação independente.
O objetivo é permitir que os investidores possam vender seus papéis antes de a empresa se tornar de capital fechado, evitando que fiquem com ações sem liquidez no mercado.
Essa operação é comum em processos de reestruturação societária, fechamento de capital ou mudanças estratégicas, e pode impactar significativamente o preço das ações no curto prazo.











