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Postergar o planejamento financeiro é um erro comum entre os brasileiros — e um dos mais caros. Segundo pesquisa da Anbima e Datafolha, apenas 18% da população começou a poupar para a aposentadoria, enquanto 55% ainda não deu o primeiro passo. A falta de disciplina financeira compromete o futuro e pode colocar em risco o padrão de vida após os 50 anos.
A importância da disciplina financeira
A educação financeira deixou de ser tabu e vem ganhando espaço entre diferentes gerações. Profissionais da área, como Fernanda Moura, da Lifetime Investimentos, afirmam que muitos brasileiros buscam orientação para estruturar suas finanças, especialmente após perdas de emprego ou doenças que impactam a renda.
Ter um planejamento financeiro sólido evita situações em que, mesmo com idade avançada, a pessoa é obrigada a continuar trabalhando para se manter — realidade cada vez mais comum no país.
Gestão patrimonial e sucessão financeira
Especialistas, como Bruno Correa, da TAG Investimentos, destacam que até pessoas com alto patrimônio buscam ajuda profissional para manter e proteger seus bens. O foco vai além dos investimentos: envolve também sucessão patrimonial, controle de gastos e proteção familiar.
Correa ressalta que o primeiro passo é ouvir o cliente e entender seu contexto antes de propor ajustes e estratégias personalizadas.
“Clínica financeira”: um novo conceito de gestão pessoal
A chamada clínica financeira vem se tornando tendência entre planejadores. Nela, o profissional traça um diagnóstico completo da vida financeira do cliente, identifica desperdícios e cria estratégias de longo prazo para garantir estabilidade.
Casos reais mostram resultados expressivos: clientes que antes conseguiam poupar R$ 50 mil mensais passaram a guardar R$ 80 mil após ajustes de comportamento e acompanhamento contínuo.
Falta de consciência financeira ainda é desafio
A ausência de planejamento pode gerar desequilíbrio mesmo entre pessoas com grandes patrimônios. Moura cita o caso de uma aposentada com R$ 13 milhões que, sem controle dos gastos, corria o risco de ficar sem recursos em 10 anos. O problema se agravava pelo fato de sustentar filhos adultos sem renda — situação ainda comum no Brasil.
Planejar é questão de sobrevivência
A mudança demográfica também pressiona o tema: o Brasil tem 61 milhões de pessoas acima de 50 anos, segundo o IBGE, e a população jovem que não trabalha nem estuda ainda representa 21,2%. Esse cenário reforça a urgência de desenvolver consciência e independência financeira em todas as idades.
Independentemente do seu patrimônio — seja R$ 1.000 ou R$ 500 milhões —, o segredo está na disciplina e no planejamento. Entender para onde vai o seu dinheiro é o primeiro passo para conquistar liberdade e segurança financeira no futuro.
Fonte: Viva











