A crescente demanda por data centers no mundo abre uma oportunidade estratégica para o Brasil. Segundo estudo do BTG Pactual, países da América do Sul, em especial Brasil e Chile, possuem recursos que podem transformar a região em um dos novos polos de infraestrutura tecnológica para atender ao avanço da Inteligência Artificial (IA).
Oportunidade com o crescimento da Inteligência Artificial
Nos Estados Unidos, a necessidade por data centers deve crescer quase 90% entre 2024 e 2030. Com essa expansão acelerada, empresas de tecnologia começam a olhar para novas regiões capazes de oferecer energia e água em abundância para sustentar os sistemas de resfriamento e a operação massiva desses centros digitais.
A posição do Brasil no cenário
O Brasil apresenta capacidade energética elevada e ampla disponibilidade de água, dois pontos críticos para atrair investimentos em data centers. Porém, ainda enfrenta desafios: parte da energia renovável gerada — especialmente no Nordeste — é desperdiçada por falta de infraestrutura de transmissão e demanda regional. Esse gargalo reduz a eficiência do setor e pode atrasar a competitividade do país frente a outros mercados.
Regulação e ambiente de negócios
Outro ponto levantado pelo estudo está relacionado à regulação do setor de dados. Se o processo para utilização e armazenamento de informações for complexo ou burocrático, investidores podem optar por outros destinos. Para capturar essa oportunidade, será fundamental que o Brasil avance em marcos regulatórios claros, que garantam segurança, mas também ofereçam agilidade para as empresas de tecnologia.
América do Sul como futuro para Data Centers
Brasil e Chile contam com uma combinação rara: infraestrutura energética robusta e recursos naturais adequados. Se conseguirem superar ineficiências internas e criar regras mais favoráveis, podem se tornar destinos estratégicos para empresas que buscam expandir a rede global de data centers de IA.
Oportunidade para investidores
O avanço dos data centers na América do Sul não apenas abre espaço para investimentos diretos em tecnologia, mas também gera impacto em setores como energia, telecomunicações e imóveis corporativos para instalações. Para quem investe em ações ou fundos ligados a infraestrutura digital, energia e inovação, o Brasil pode oferecer oportunidades relevantes nos próximos anos.











