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O que é um seguro na Bolsa de Valores?
No mercado financeiro, o termo “seguro” é usado para descrever estratégias de proteção contra perdas. Assim como no seguro tradicional, o objetivo é minimizar os riscos de movimentos desfavoráveis nos preços dos ativos.
Essas estratégias são muito utilizadas por investidores que desejam preservar o capital sem precisar vender seus ativos, especialmente em momentos de volatilidade ou incerteza econômica.
Na Bolsa de Valores, os dois principais tipos de “seguros” são:
- Compra de opções de venda (Puts)
- Venda de contratos futuros
1 – Opções de Venda (Puts): a proteção clássica
A opção de venda, conhecida como Put, é uma forma direta de proteger uma posição comprada em ações, ETFs etc.
Quando o investidor compra uma Put, ele garante o direito de vender um ativo por um preço pré-determinado até uma data específica.
Exemplo didático:
Se um investidor tem ações da Petrobras e teme uma queda no preço, ele pode comprar uma Put de PETR.
Caso as ações realmente desvalorizem, o investidor poderá vender pelo preço garantido, reduzindo as perdas — assim como um seguro que cobre um carro em caso de acidente. Como a Put está valorizada, o investidor pode vender antes do vencimento e com o lucro aportar na sua carteira de longo prazo. Exemplo: o ativo que caiu.
Resumo das vantagens das Puts:
- Garante um preço mínimo de venda;
- Protege contra quedas bruscas;
- Permite continuar posicionado no ativo.
Ponto de atenção:
O custo do seguro é o prêmio da opção, ou seja, o valor pago pela Put. Se o ativo não cair, o prêmio é perdido, mas a proteção valeu pelo risco evitado.
Leia mais >>>> O que é uma Put? Guia para iniciantes
2 – Venda de contratos futuros
Outra forma de se proteger é vender contratos futuros.
Essa estratégia é muito usada por investidores institucionais e também por quem possui uma carteira diversificada de ações e muito conhecimento.
Quando o investidor vende contratos futuros, ele está travando o preço de venda do índice ou ativo no futuro. Assim, se o mercado cair, os ganhos na posição vendida compensam as perdas da carteira física.
Exemplo:
Um investidor com uma carteira de ações do Ibovespa pode vender contratos futuros de índice. Se o mercado cair, a queda das ações será compensada pelo lucro na venda dos futuros.
Ponto de atenção:
Essa estratégia exige margem de garantia e pode gerar ajustes diários, o que demanda atenção ao gerenciamento de caixa.
Por que usar seguro na Bolsa?
Essas formas de proteção são ferramentas importantes para quem busca reduzir a exposição ao risco.
Elas não têm o objetivo de aumentar o lucro, mas sim de preservar o patrimônio em momentos de queda.
Investidores de longo prazo, fundos de investimento e até traders utilizam esses mecanismos como parte de suas estratégias de gestão de risco.
Cada método tem custos, vantagens e riscos específicos. O mais importante é entender como funcionam antes de aplicar e usá-los de forma estratégica dentro de um plano de investimentos.











