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A poupança é um dos investimentos mais populares entre os brasileiros, devido à sua simplicidade e à condição de renda fixa, essencial para aqueles que buscam segurança em seus investimentos. No entanto, a forma como a poupança remunera seus investidores tem se adaptado às flutuações da taxa Selic, que é a taxa básica de juros definida pelo Banco Central.
Apesar de atrativa pela sua liquidez imediata e isenção de Imposto de Renda e IOF, enfrenta uma concorrência crescente com alternativas de investimentos de mesma categoria, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e Tesouro Selic, que muitas vezes oferecem rendimentos mais competitivos. Nesse contexto, entender as mudanças na remuneração da poupança e suas implicações financeiras é crucial para investidores que desejam maximizar seu retorno em um ambiente de juros em constante mudança.
Os rendimentos
A remuneração da poupança passou a ser influenciada diretamente pela taxa Selic com a implementação de uma nova regra em 2012. Esta mudança estabelece que, quando a taxa Selic é inferior ou igual a 8,5% ao ano, o rendimento da caderneta de poupança será de 70% do valor da Selic mais a TR (Taxa Referencial).
Para entender as implicações dessa regra, é necessário calcular os rendimentos com o novo formato. Por exemplo, se a taxa Selic for de 7% ao ano, o rendimento da poupança seria de 4,9% ao ano (ou seja, 70% de 7%). Para um investimento de R$ 1.000, os juros seriam de R$ 49* após um ano, o que representa um rendimento mais baixo em comparação a outros títulos que seguem a mesma taxa. Lembrando que os juros recebidos só caem na conta depois de trinta dias, e caso você saque o dinheiro antes o rendimento, o valor não é depositado.
Outra regra, é que quando a Selic é superior a 8,5%, a poupança assegura uma rentabilidade prefixada de 6% ao ano mais a variação da TR, muitas das vezes essas rentabilidades perdem para a inflação, te enganando com uma “rentabilidade negativa”. Desanimador, não é mesmo?
Risco e garantia do FGC
Apesar de ser uma opção segura para os investidores que buscam preservar seu capital, mesmo com essa percepção de baixo risco, existe um que não pode ser ignorado, o risco de crédito, que se refere à possibilidade de a instituição financeira não cumprir com suas obrigações. Um dos principais mecanismos que atua como uma salvaguarda desse risco no Brasil é o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Este fundo foi criado com o objetivo de proteger os depositantes em situações em que instituições financeiras enfrentam dificuldades financeiras, garantindo a devolução de uma parte dos valores investidos até um teto estabelecido, essa garantia é especialmente relevante em tempos de incertezas econômicas, onde o medo de insolvência bancária pode levar os poupadores a reconsiderarem suas opções de investimentos.
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