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A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou R$ 8,14 trilhões em agosto, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. O valor representa um avanço de 2,59% em comparação com julho, quando o estoque estava em R$ 7,93 trilhões. Apesar do crescimento, o montante ainda se mantém dentro do intervalo previsto pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que projetava o encerramento do ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.
Em agosto, as emissões da DPF somaram R$ 175,69 bilhões, enquanto os resgates atingiram R$ 39,05 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 136,64 bilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna respondeu por R$ 136,94 bilhões desse total, enquanto a Dívida Pública Federal externa registrou resgate líquido de R$ 300 milhões.
As emissões da DPMFi foram compostas por R$ 89,23 bilhões em títulos prefixados, R$ 59,46 bilhões em papéis atrelados à taxa flutuante e R$ 26,82 bilhões indexados à inflação. Do total emitido, R$ 164,49 bilhões vieram de leilões tradicionais, R$ 6,39 bilhões do Programa Tesouro Direto e R$ 4,69 bilhões de emissões diretas.
Na dívida externa, os desembolsos referentes à dívida contratual alcançaram R$ 131,59 milhões, enquanto os pagamentos de amortizações e juros somaram R$ 435,93 milhões. Já no Tesouro Direto, as emissões chegaram a R$ 6,38 bilhões em agosto e os resgates a R$ 3,45 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 2,93 bilhões. O título mais procurado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 53,13% das vendas no mês. O estoque total do Tesouro Direto chegou a R$ 190,2 bilhões, crescimento de 2,40% em relação ao mês anterior, com o Tesouro Selic representando 36,50% desse montante.
O Tesouro Nacional também atualizou a previsão do PAF, elevando a projeção para um intervalo entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões até o fim do ano. De acordo com Daniel Mario Alves de Paula, coordenador-geral substituto de Controle e Pagamento da Dívida Pública, a revisão reflete um ambiente de mercado mais positivo, que favorece as emissões e fortalece o colchão de liquidez do governo. Segundo ele, a nova banda não indica que o Tesouro buscará atingir o limite máximo, mas sim que há espaço confortável para manter a dívida dentro das metas estabelecidas.
Fonte: Agência Brasil











