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O Novo Mercado da B3 representa um avanço significativo no amadurecimento do mercado financeiro brasileiro, oferecendo um ambiente atrativo para empresas que buscam se alinhar a altos padrões de governança corporativa e transparência. Criado em 2000, este segmento foi desenvolvido com o intuito de incentivar práticas de boa gestão entre as empresas listadas, diferentemente dos Níveis 1 e 2, que, embora também promovam a governança, possuem requisitos menos rigorosos.
Dentre suas principais características, destaca-se a obrigação de emissão de ações ordinárias, são aquelas que no final do seu código de negociação está com o número 3, conferindo a todos os acionistas o direito de voto em assembleias. Além disso, as companhias que fazem parte deste segmento se comprometem a adotar práticas de transparência e comunicação aberta com seus acionistas, assegurando que informações relevantes sejam disponibilizadas de maneira oportuna e clara.
Valorizado pelos investidores
Esse segmento de listagem da B3, tem atraído a atenção dos investidores por diversas razões, dentre elas: as negociações de valores mobiliários dos acionistas controladores devem ser divulgadas pela empresa; deve ter também divulgação simultânea em inglês e português de fatos relevantes e informações sobre proventos e de resultados; a empresa se compromete a manter, no mínimo 25% das ações em circulação, ou 15 % de em caso de ADTV superior a R$ 25 Milhões de reais (Volume médio de negociações diárias). O Tag Along também é algo importante e não pode ser esquecido, já que esse segmento oferece a proteção de 100% do valor da venda de ações caso o acionista majoritário venda sua parte para outro investidor, ou seja, o mesmo valor de compra que ofereceram para comprar o controle da empresa, deve-se oferecer a mesma quantia por ações aos acionistas minoritários.
A adoção de requisitos de governança corporativa rigorosos, tais como a formação de conselhos de administração independentes, sendo obrigatório a implementação de auditoria interna, comitê de auditoria e funções de compliance.
Especialistas do mercado também corroboram a ideia de que o Novo Mercado tem se tornando sinônimo de qualidade e responsabilidade corporativa, a transparência nas operações e na divulgação de informações permite aos acionistas uma melhor análise e compreensão das estratégias empresariais, contribuindo ainda mais para a valorização deste segmento. Portanto, o segmento é visto como uma alternativa promissora para aqueles que buscam oportunidades de investimento de qualidade no ambiente da Bolsa do Brasil.
O Índice de Governança Corporativa do Novo Mercado (IGC-NM)
O IGC-NM, representa uma iniciativa estratégica da B3 para promover e destacar a governança das empresas listadas, ele mede o desempenho médio das cotações dos ativos que são listados no sesse segmento. A metodologia para participar do IGC-NM combina critérios rigorosos que abarcam:
– Ser listado no novo mercado.
– Ter presença em pregão de 50% no período de vigência.
– Não ser classificado como “Penny Stock” – Empresas que custam centavos e de baixa liquidez.
A inclusão de uma companhia no IGC-NM pode ser um indicativo de sua solidez e compromisso em operar de forma transparente e responsável, mostrando ser uma empresa que respeita os critérios de participação voluntariamente. Ao final, a adoção de práticas adequadas de governança não só beneficia as empresas listadas, mas também reforça a confiança do mercado e atrai mais investidores, ampliando as oportunidades de negócios no ambiente econômico em que operam.
Conclusão
A análise do Novo Mercado da B3 revela um ambiente de listagem que não apenas se destaca, mas também tem se consolidado como uma das opções mais atrativas para empresas que desejam captar recursos e crescer no Brasil. As práticas de governança corporativa exigidas para se listarem nesse segmento mostram-se como um diferencial competitivo, proporcionando maior confiança tanto aos investidores quanto ao mercado.
Fonte: B3