O básico das finanças pessoais

Danilo Almeida

Bacharel em Administração

Imagem: Pixabay

O primeiro pilar é a reserva de emergência, um componente essencial nas finanças pessoais, que proporciona um colchão financeiro que pode ser decisivo em situações inesperadas. A criação dessa reserva deve ser uma prioridade para qualquer pessoa que deseja manter a estabilidade financeira ao longo do tempo. Idealmente, a reserva deve ser capaz de cobrir de seis a doze meses das despesas mensais, permitindo que o indivíduo tenha uma margem de segurança em casos de demissões, emergências médicas ou outras situações imprevistas que possam afetar a renda.

Calcular o valor necessário para a reserva de emergência envolve uma análise detalhada das despesas mensais. É importante incluir todos os gastos essenciais, como alimentação, moradia, transporte, e despesas com saúde. Uma abordagem comum é somar todas essas despesas e multiplicar o total por um fator adequado, o mais básico são seis e doze ou conforme a situação financeira e a estabilidade no emprego da pessoa. Esse montante, portanto, será o objetivo a ser alcançado para estabelecer a segurança financeira adequada.

Não gastar mais do que ganha

Manter um orçamento equilibrado é fundamental para garantir a saúde financeira a longo prazo. Gastar mais do que se ganha pode levar a sérias consequências, incluindo dívidas substanciais e estresse financeiro que afetam tanto a vida pessoal quanto profissional. Dessa forma, desenvolver uma cultura de consumo consciente é vital. Uma abordagem eficaz é a criação de um planejamento financeiro que permita visualizar claramente as receitas e despesas mensais.

Uma das melhores práticas é categorizar os gastos em essenciais e não essenciais. Despesas essenciais incluem itens como aluguel, contas de serviços públicos e alimentação, enquanto as não essenciais abrangem diversão e entretenimento. Com essa distinção, é possível identificar áreas onde os cortes podem ser feitos. Por exemplo, a redução na frequência de refeições fora de casa ou a escolha de opções de entretenimento mais acessíveis pode liberar uma quantia significativa do orçamento mensal.

O uso de aplicativos de finanças pessoais tem se mostrado uma ferramenta valiosa para auxiliar na gestão de gastos. Esses aplicativos permitem monitorar as despesas em tempo real, o que facilita a identificação de padrões de consumo e a reavaliação de prioridades financeiras. Além disso, ao registrar cada transação, os usuários têm a oportunidade de refletir sobre seus hábitos e realizar ajustes conforme necessário.

Outra estratégia eficaz para não ultrapassar os limites orçamentários é a prática do pagamento à vista. Essa abordagem não só evita o acúmulo de dívidas, como também pode resultar em economias significativas ao evitar juros desnecessários.

A regra dos 30%: Investindo o valor excedente

Uma das diretrizes mais úteis na administração das finanças pessoais é a regra dos 30%, sugerindo que, após cobrir todas as despesas essenciais, uma parte do valor excedente deve ser direcionada para investimentos. O excedente refere-se ao montante que sobra das suas receitas depois de arcar com os gastos fixos e variáveis. Este excedente é fundamental, pois proporciona a oportunidade de investir e fazer o dinheiro trabalhar para você, impulsionando o crescimento patrimonial ao longo do tempo.

Quando se trata de investir, é crucial considerar o panorama amplo dos tipos de investimentos disponíveis, incluindo ações, títulos e fundos imobiliários. Cada uma dessas aplicações tem suas peculiaridades e risco associado, o que destaca a importância da diversificação da carteira. Diversificar os investimentos envolve alocar recursos entre diferentes classes de ativos, reduzindo assim o risco e melhorando o potencial de retorno, a diversidade não apenas protege contra flutuações do mercado, mas também proporciona várias fontes de rendimento.

As consequências de não seguir essas práticas podem ser severas, incluindo a acumulação de dívidas e a incapacidade de atender a emergências financeiras. Por outro lado, a educação financeira contínua proporciona aos indivíduos as ferramentas necessárias para tomar decisões financeiras acertadas, essa jornada de aprendizado deve incluir a revisão regular das finanças pessoais e a definição de metas financeiras, pois pequenas ações hoje podem ter um impacto significativo no futuro.

 

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